A região centro do país, incluindo a área metropolitana de Lisboa, foi durante mais de cinco décadas abastecida de combustíveis derivados do petróleo a partir de instalações localizadas em Cabo Ruivo, onde se situava um dos três mais importantes pólos petrolíferos do país – os outros dois são Matosinhos e Sines.
Deste local da cidade irradiavam diariamente mais de 500 camiões-cisterna para distribuírem combustíveis a granel e gás engarrafado a Lisboa e à zona centro, até Leiria, Castelo Branco e Portalegre.
A escolha da zona de Cabo Ruivo para realização da Expo’98 veio antecipar a libertação dos terrenos aí ocupados pelas companhias petrolíferas e acelerar a busca de alternativa logística, uma vez que a componente refinação já fora reformulada com a modernização do complexo industrial da Refinaria de Sines.
Adoptando o primado da qualidade, a Petrogal lançou-se no projeto da construção de uma instalação de dimensão europeia, servida por um Oleoduto multiprodutos a partir daquela refinaria, solução que salvaguarda a segurança das populações e respeita a qualidade do ambiente das zonas circundantes.
Existindo já dois pólos de abastecimento nas regiões norte e sul, havia que assegurar todo o abastecimento da zona centro e área metropolitana de Lisboa, a que corresponde cerca de 50% dos consumos totais do país. Para responder a este desafio, foi constituído, em Setembro de 1992, o Grupo de Projetos incumbido de desenvolver os trabalhos preparatórios. Os estudos para a configuração dos equipamentos que viriam a dar origem à nova instalação de armazenagem, tiveram o seu início no final de 1992, tendo ficado decidida, em 1993, a sua localização em Aveiras de Cima.
Em 20 de Abril de 1994, a Petrogal constituiu a CLC – Companhia Logística de Combustíveis, S.A., com um capital social de 3.000.000 euros (600 mil contos). Em Outubro de 1996, a Petrogal cedeu 35% do capital da CLC com a seguinte distribuição: 15% à Shell Overseas Holdings, Ltd; 15% à Mobil Oil Portuguesa, S.A.; e 5% à BP Portuguesa, S.A.
Posteriormente, em 2000 a BP Portugal S.A., tomou a posição da Mobil Oil Portuguesa S.A., passando o capital da CLC a ser detido 65% pela Petrogal S.A., 20% pela BP Portugal S.A. e 15% pela Shell Overseas Holding Limited. No terceiro trimestre de 2004 a Shell Overseas Holding Limited transmitiu a sua posição de 15% do capital da CLC à Shell Portuguesa, S.A. que entretanto foi adquirida pelo grupo Repsol YPF.
Em Julho de 2014, a RUBiS Energia Portugal, S.A., tomou posição na CLC por via da aquisição do negócio de GPL da BP, passando o capital da CLC a ser detido 65% pela Petrogal S.A., 15% pela BP Portugal S.A., 15% pelo Grupo Repsol YPF e 5% pela RUBiS Energia Portugal, S.A.
Mais recentemente, em Dezembro de 2020, a RUBIS Energia Portugal, S.A. reforçou a sua posição acionista pela adquisição à BP Portugal S.A. da totalidade das ações que esta empresa detinha, passando o capital da CLC a ser detido 65% pela Petrogal S.A., 15% pelo Grupo Repsol YPF e 20% pela RUBIS Energia Portugal, S.A.
O montante investido na totalidade do projeto – Oleoduto e Parque de Combustíveis – atingiu os 215.000.000 € (43 milhões de contos), sendo cerca de 65% afetado ao parque e o restante ao Oleoduto.
O atual capital social da CLC é de 5.000.000 euros, encontrando-se integralmente subscrito e realizado.